Uma serie de assassinatos
coloca a policia de Paris em alerta, um criminoso vem recriando os assassinatos
de uma famosa serial killer dos anos noventa e para pega-lo a policia vai
precisar da ajuda de Jeanne DeBer (Carole Bouquete) a assassina original que
matava homens culpados de abuso e violência domestica. Mas Jeanne tem algumas
exigências, sair da prisão onde está há 25 anos e trabalhar seu filho o
policial ate então infiltrado Demien (Fred Testot).
A produção francesa trás uma
belíssima surpresa e uma teia bastante inquietante e nada condescendente.
Apesar de mostrar os monstros dentro do armário de Jeanne e de ficar claro que
seus alvos foram homens ruins para suas famílias, o que vemos é um lado frio de
alguém que sentia prazer em tirar a vida de outro ser humano e seu prazer em
saber das vitimas de seu imitador.
Em contra partida seu filho sofre com os traumas da
infância e enquanto corre para pegar um assassino ele tenta consertar seu
casamento que está indo por um caminho sombrio graças as suas mentiras e
omissões.
Os amantes das series policiais/assassinatos
com certeza perceberão rápido que tem muito do nosso amado Hannibal, a pesar de
que eu senti um prazer imenso em ter uma assassina tão fria e calculista numa
posição tão maravilhosa caçando homens que ela julgava ser um “câncer para a
sociedade”.
Já podemos nos render as
produções que estão vindo de outros países, demos uma respirada com a intensa “DARK”
que é uma produção alemã (que foi renovada pra segunda temporada) e “A casa de
papel” que é uma produção Espanhola para a Antena 3 (não é uma produção da
netflix), agora temos uma serie também curta (com 6 eps) que veio da França,
mas, que não deixou a desejar e não deve nada as produções norte-americanas.
La Mante traz personagens
complexos, grandes nomes do cinema francês e um desfecho
surpreendente pra uma
trama muito bem construída e amarrada, obviamente, alguns de nós vão travar
quando perceberem os recursos com os quais a policia parisiense trabalha e a
diferença das investigações norte-americanas que estamos acostumados. Pra quem
gosta dos detalhes sordidos a serie vem cheia de decapitação, desmembramentos e
torturas que são mostrados sem censura bem como trata de estupro, incesto,
violência e abuso infantil tudo sendo explorado sem filtros e sem nuances cor
de rosa. Há quem diga que a motivação do imitador é fraca (não achei), mas,
acho que a serie trata muito mais da reaproximação entre mãe e filho do que
sobre aquilo que os reaproximou. Não se enganem, vale muito a pena assistir
essa produção original da Netflix francesa que está disponível desde o final do
ano passado.
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