segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

La Mante - A Louva-Deus

Uma serie de assassinatos coloca a policia de Paris em alerta, um criminoso vem recriando os assassinatos de uma famosa serial killer dos anos noventa e para pega-lo a policia vai precisar da ajuda de Jeanne DeBer (Carole Bouquete) a assassina original que matava homens culpados de abuso e violência domestica. Mas Jeanne tem algumas exigências, sair da prisão onde está há 25 anos e trabalhar seu filho o policial ate então infiltrado Demien (Fred Testot).

A produção francesa trás uma belíssima surpresa e uma teia bastante inquietante e nada condescendente. Apesar de mostrar os monstros dentro do armário de Jeanne e de ficar claro que seus alvos foram homens ruins para suas famílias, o que vemos é um lado frio de alguém que sentia prazer em tirar a vida de outro ser humano e seu prazer em saber das vitimas de seu imitador.
Em contra partida seu filho sofre com os traumas da infância e enquanto corre para pegar um assassino ele tenta consertar seu casamento que está indo por um caminho sombrio graças as suas mentiras e omissões.

 Os amantes das series policiais/assassinatos com certeza perceberão rápido que tem muito do nosso amado Hannibal, a pesar de que eu senti um prazer imenso em ter uma assassina tão fria e calculista numa posição tão maravilhosa caçando homens que ela julgava ser um “câncer para a sociedade”.
Já podemos nos render as produções que estão vindo de outros países, demos uma respirada com a intensa “DARK” que é uma produção alemã (que foi renovada pra segunda temporada) e “A casa de papel” que é uma produção Espanhola para a Antena 3 (não é uma produção da netflix), agora temos uma serie também curta (com 6 eps) que veio da França, mas, que não deixou a desejar e não deve nada as produções norte-americanas.


La Mante traz personagens complexos, grandes nomes do cinema francês e um desfecho
surpreendente pra uma trama muito bem construída e amarrada, obviamente, alguns de nós vão travar quando perceberem os recursos com os quais a policia parisiense trabalha e a diferença das investigações norte-americanas que estamos acostumados. Pra quem gosta dos detalhes sordidos a serie vem cheia de decapitação, desmembramentos e torturas que são mostrados sem censura bem como trata de estupro, incesto, violência e abuso infantil tudo sendo explorado sem filtros e sem nuances cor de rosa. Há quem diga que a motivação do imitador é fraca (não achei), mas, acho que a serie trata muito mais da reaproximação entre mãe e filho do que sobre aquilo que os reaproximou. Não se enganem, vale muito a pena assistir essa produção original da Netflix francesa que está disponível desde o final do ano passado.

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